Comportamento
Tirar as metas do papel requer autoconhecimento
Psicoterapeuta diz que criar resoluções mais realistas evitam grandes frustrações
Jô Folha - DP - Larissa Munhoz indica o guia Year Compass
Com a chegada do fim do ano é comum tirar um tempo para fazer um balanço dos 12 meses vividos. Pontos positivos e negativos, conquistas e frustrações são colocados na balança. É aí que surge o desejo de traçar novos planos ou metas para o próximo ciclo, fazendo com que as pessoas se comprometam na busca por dias melhores. Porém tornar desejos em realidade requer autoconhecimento e planejamento.
A psicoterapeuta holística Larissa Munhoz, terapeuta pelo Instituto Thetahealing of Knowledge e pós-graduada em Psicologia Analítica Junguiana, diz que se formos pensar num ritual para terminar e começar o ano, talvez seja muito mais simples parar respirar e se perguntar: o que realmente faz sentido para mim? "E não ficar buscando a resposta com a mente e sim deixar essa resposta vir", diz.
Para a terapeuta é importante que as pessoas se desprendam das expectativas do outro. É importante que as pessoas percebam quem verdadeiramente são e o que realmente querem, para então realizar os seus sonhos. "Porque nós temos que saber quais sonhos são realmente nossos."
Larissa comenta também que cada geração tem as suas metas quase que obrigatórias, o que pode gerar grandes angústias. "E a gente não se questiona. Muitas vezes a gente não conquista os 'tem quês' porque não é uma verdade do nosso coração", diz.
A própria Larissa, graduada em Jornalismo, buscou, ao longo de muitos anos, cumprir um check list de conquistas, muito influenciada pela opinião de outros até se encontrar como psicoterapeuta. "Não era o que ressoava com a minha alma, eu insistia em um check list, uma expectativa dos meus familiares. As coisas mudam e a gente precisa atualizar também (os desejos). Até mesmo as demandas do mercado mudam, mas a gente está no check list de uma visão anterior."
Ferramenta como guia
A própria Larissa não se coloca como uma pessoa pragmática, que costuma montar suas listas de metas para o ano seguinte. Para não deixar de lado, ela costuma usar ferramentas que ajudam nesse processo. Neste ano ela tem indicado aos pacientes o Year Compass Book. "É uma ferramenta em português, gratuita, disponível no site www.yearcompass.com.br. Ele tem uma revisão do ano anterior e um estímulo para se preparar para o próximo ano", comenta.
Além deste guia prático, a psicoterapeuta sugere que, na hora de criar os objetivos do ano, as pessoas procurem objetivos que estejam mais perto de serem alcançados. Por exemplo, caso não se tenha o hábito de economizar dinheiro, vai ficar muito complicado conquistar um bem caro, como um carro ou casa. "Mas se existe uma possibilidade de economizar e eu percebo que eu gasto mais do que deveria, então eu colocaria um objetivo de economizar um valor X por mês."
Quando o assunto é relacionamento, Larissa sugere uma auto-análise para que as pessoas possam perceber o que elas podem fazer para melhorarem os próprios relacionamentos. "De repente é buscar ajuda terapêutica, para eu me relacionar melhor com as pessoas e não as pessoas se relacionarem melhor comigo. Porque tem isso, as metas de ano novo não podem depender do outro. A não ser que tu sentes com esse outro para combinar metas juntos."
Colocar objetivos realistas não quer dizer que não se esteja sonhando alto, pelo contrário, eles aumentam as expectativas de como, quando ou onde alcançar as metas. "A gente pode colocar aquele sonho grande dentro de metas menores."
Outra sugestão é fazer uma lista com as resoluções do ano anterior e compará-las com outra lista, a de conquistas. Mas é importante contabilizar os ganhos inesperados. O que vale nessa revisão é ter auto compaixão e ser mais realistas. "Se não, a gente entra em auto cobrança e na auto insuficiência."
Tempo de disciplina
E para quem acredita nas energias cósmicas na hora de projetar seu próximo ano, a astróloga Amanda Nogueira diz que o planeta regente molda as tendências e os desafios que se desdobrarão durante o ciclo anual. Em 2024, Saturno assume esse papel, e entender o que significa tê-lo como regente é essencial para decifrar as complexidades astrológicas do ano.
De acordo com Amanda, Saturno é conhecido na astrologia por sua influência disciplinadora e sua capacidade de impor limites. "Sua regência em 2024 sugere que o ano estará impregnado de uma energia que nos desafia a cultivar a disciplina, a responsabilidade e a estabilidade em todas as áreas de nossas vidas", diz. Portanto, perseguir suas metas vai requerer mais foco.
"Será um ano em que estruturaremos formas, promoveremos a integração de valores, leis e conhecimentos. É um período de aceitação e aprendizado que se manifesta com a força da maturidade e da prática da resiliência."
Segundo a astróloga 2024 convidará os seres humanos a aprender a conviver com a realidade, seja ela qual for. "Isso não implica resignação, mas sim a prática da ressignificação. Podemos não mudar o curso de muitas coisas, mas temos o poder de transformar nossa reação diante delas", comenta.
Entre janeiro e março o planeta sairá da regência da Lua, que rege a emoção, para a razão de Saturno. "2024 cobrará responsabilidade e paciência, incentivando o crescimento pessoal e a construção de alicerces sólidos para o futuro."
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